sexta-feira, 21 de março de 2008

Deite comigo é um filme que permeia entre a clareza e a leveza ao mesmo tempo. O sexo se transforma em porta de entrada para o amor. Leila entrega seu corpo e seu prazer aos homens, mas o coração nunca. É com David que comeca a sentir algo que naturalmente não havia sentido antes ou algo do qual fugia e camuflava através da busca do prazer, mesmo que inconscientemente. Tudo é passado de uma forma tão natural e fluída, que não há necessidade em criticar as atitudes da personagem principal- é livre e autêntica, sem falsos pudores ou moralismos, de um despreendimento sem igual por permitir-se viver suas necessidades ou seus sentimentos -. Com uma transformação sutil, não há grandes dramas ou questionamentos. Para deleitar-se no sentido físico e sensorial.

"Ele me pediu para nunca deixá-lo. Foi uma promessa que eu não pude cumprir. Eu não sabia amá-lo."

* Interessante e belo a narração em movimentação, o distanciamento do que é dito com o que é exposto.
* Atentem-se a cena de amor e dança.
* Estou impregnada da personagem.
* Lembrei de uma música: Pérolas Aos Poucos (André Mehmari e Ná Ozzetti) que nesta combinação do pianista e da cantora é linda.
* Vontade de continuar a ler Clarice (Felicidade Clandestina).

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