quarta-feira, 16 de julho de 2008

Do outro lado da rua: filme nacional que trás simplesmente no elenco a Fernandona Montenegro, Raul Cortez e uma participação memorável de Laura Cardoso. O enrredo não é tão fantástico, mas interessante. Fernanda faz uma personagem que no íntimo não aceita a sua velhice, destila provocações e possui um digamos humor negro. Ela com o codinome de Branca De Neve entrega a polícia suspeitos e é em uma de suas suspeitas que ela descobre o personagem de Raul. Ele injeta na mulher uma injeção letal, ao menos na visão dela. A personagem de Fernanda vendo aquilo o têm como criminoso, comeca a rondá-lo, ele percebe e até que no ir e vir dos acontecimentos encaram-se de frente...romance, entrega e não entrega, medo e desejo...é engraçado ele querendo ''pinar'' nela rs...duas cenas em particular não me saem da cabeça: a primeira é ela sentada no sofá, olhando para o nada e a sala apenas com ela e o sofá e a outra é na rua depois do assalto, a imagem dela na rua em cima dos quadradinhos sem ninguém nem nada na rua...eu viajo na idéia de que esses dois momentos são a tomada de consciência dela da sua solidão e é como se ela tivesse num local fechado, do qual se sentisse imobilizada mesmo estando ou querendo estar em movimento, e se fosse o íntimo dela ali? A forma como ela realmente se sente mas quer esconder? O final quando ela fala a última fraze e ele coloca-sse na mesma posição de observação que ela me remete a isso de que poderia ser ele que estivesse no lugar dela observando e chegasse a mesma conclusão que ela teve. Adorei as músicas e algumas paradas de cena sem falas. Só pelas atuações já vale a pena de assistir.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

''Developar'', através da Mostra Especial: ''CLOWNS'' no BNB.
Posso dizer que gostei bastante do clown que utiliza o violino, talvez seja ele que me remeta ao lirismo, ao suave que opõe-se ao digamos escraxado dos demais clowns e bem legal o som do violino ''conduzir'' as movimentações. Pelo pouco que sei, o clown utiliza uma liguagem própria, como se existisse um próprio idioma desenvolvido por ele, seria isto mesmo? Mas no caso o clown ''bailarina'' em muitos momentos se faz entender mesmo com a forma um tanto descontruída da fala...então se o corpo que já estava bastante expressivo e pensando numa linguagem clownesca, seria necessário as falas? Mais interessante eu vejo o falar em forma de sons e que o clown que ama a ''bailarina'' utillizou. Acho que houve um jogo bem claro de oprimido e opressor, mesmo que por poucos momentos houvesse uma troca de um no lugar do outro. Bem, eu não gosto de espetáculos em que há picos de energia e depois uma certa queda e foi o que senti...elementos engraçados e depois vai caindo caindo aí depois volta meio que numa tentativa de levantar a platéia...essa coisa de mostrar as situações das quais as personagens passam e não tanto uma narrativa é interessante...o clown me faz pensar que é algo paralelo ao teatro ou é que, ele faz parte do universo teatral mas é como se tivesse um próprio universo, algo a par...mas eu queria ver um clown que me emocionasse em lágrimas e não em risos...é possível isto?

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Bonequinha De Luxo: tinha tudo para ser um filme muito bestinha, é previsível mas temos algumas surpresas ao longo dele...é uma comédia não intecional ao meu ver, mas têm umas partes tão engraçadinhas (adorei eles entrando e saindo pela janela e não pela porta rs e a cena da festa onde a mulher primeiro ri e depois chora em frente ao espelho- inesquecível), até mesmo pela forma de interpretação de Audrey Hepburn, maravilhosa: uma personagem super bem construída pela naturalidade, olhares e gestos trabalhados e bem casados...a psicologia por trás da estampa porque me é passado uma mulher super bem resolvida, descolada, que sabe o que quer e não se importa muito com a consequência dos seus atos mas naquele final...têm todo ''um algo'' escondido por trás. Eu não gostei do personagem oriental, a construção dele foi muito forçada e é claro que a parte da comédia rasgada era para estar com ele mas não senti. Eu não sei se é porque eu fiquei encantada com a Audrey mas o par romântico dela não me cativou tanto. A mulher que paga ele é insurpotável, não gostei da personagem mas a construção dela ficou bem trabalhada e interessante ao meu ver. As nuances e clareza de intenções de personagem ficaram para mim com as antagonistas mesmo. Têm umas ''jogadas'' na cara que é um luxo de ver e a cena final que linda, pois apesar da previsibilidade é uma das partes que me surpreendeu. Outra cena linda é quando ela canta. Eu achei desnecessário ou talvez não tenha gostado da forma como passaram ''a volta do passado'' dela. O mais legal é que em alguns momentos a personagem de Hepburn e a saída dela com o par romântico me remeteu a infância ou adolescência. Só aumentou minha vontade de ver filmes antigos!

terça-feira, 1 de julho de 2008

O Clube dos Suicidas: leve, natural, denso...me deu vontade de ir para aquele lugar onde aquelas pessoas ali sentem mas de uma forma tão, mas tão interna que é quaze imperceptível...o interno deles é totalmente o contrário do externo (tranquilo e límpido)...é linear mas de uma forma interessante...fiquei pensando de que em algum momento da loucura há ou deve existir um estágio que causa um equilíbrio e o que há menos ali entre as personagens são questionamentos...'' eu não quero morrer, eu só não quero viver''...eles não ficam tentando se entender, reclamando, ou querendo de uma outra forma, apenas fazem-se presentes...a trilha sonora é ótima, têm umas imagens em close lindas e o personagem principal me remete ao do laranja, a-d-o-r-o personagens assim: uma coisa fria, é como é e não está nem um pouco ligando e a personagem que ele gosta, ela é tão linda mesmo, fofa, estranha, complicada...para mim cenas mais movimentadas com umas mais paradas ficaram no tom...mas eu lá entendo de cinema, rs.