sábado, 17 de maio de 2008

É muita pretenção a pessoa ''redigir'' a respeito de um dos trabalhos de Ricardo Guilherme, mas é o que farei agora mesmo, hihihihihi.
Assisti pela programação do mês do TJA (aliás, hoje como em todos os dias 17 há um dia de programações de graça no teatro) Bravíssimo!
Na verdade eu gosto bem mais de Flor De Obsessão (há muito tempo que assisti e que pode ser conferido na terça dia 20) mas Ricardo é fantástico sem tirar nem por também neste outro trabalho.
Quando eu saia, um amigo comentando fala de que ele é bastante fiel ao Teatro Radical e que há muito presente a questão das repetições e há mesmo, além da sua imagem e da energia passada ter uma força um tanto exagerada, impactante no exposto. (Claro que eu ainda preciso e tenho bastante curiosidade de estudar mais sobre este linha teatral)
Teve um momento que eu ficava observando em volta de Ricardo a luz e quando foi terminando também, a forte estética passada só pela luz e o seu ''desligar''.
O travamento dos dentes dele e o continuar das falas invoca e também a questão dos papéis, qual o intiuto? Parecia que aquilo eramos nós, o povo brasileiro sendo pegado, amassado e jogado fora até porque ele lança os papéis para a platéia...''esse papel é você idiota''.
Uma crítica de humor negro eu vejo...eu percebia várias pessoas rindo e comentários como ''afe maria'', ''caramba'', ''é mesmo viu''...acredito que fruto de incomodações e inquietações...eu mesmo achei um tanto cansativo e não estava com tanta vontade de ficar ali escutando aquilo.
Todo o olhar crítico e a crítica falada é como se fosse Nelson ali?
Apesar do exagero marcante existe uma certa linha tênue na mudança das personagens e emoções destas que na verdade era como se fosse o olhar de uma através das outras, foi passando a mim de uma forma leve mas que pode levar a muitas reflexões e indentificações.

2 comentários:

Darwin disse...

os exageros, o texto altamente ácido, as frases sempre se repetindo...
Gostei muito de Bravíssimo, ainda mais do Ricardo Guilherme.

Dan disse...

Sim, o espetáculo inspira e expira Nelson Rodrigues. Uma ótima leitura sobre a obra do dramaturgo. O espetáculo é um pouco lento e tem momentos que se torna monótono pelo exagero demais das repetições. Acho que ele deixa passar o momento ideal de se encerrar o espetáculo, e então quando acaba já não estamos mais na euforia. Como ferramenta de impacto seria melhor nos deixar no ápse da euforia. Mas ele nos esquenta durante todo o espetáculo, chegamos ao momento máximo disso, ele nos esfria um pouco e acaba.
Bem, é um bom espetáculo, acima de tudo! Repetitivo, mas bom. ;D
Ah, e se quiser saber mais sobre o Teatro Radical, leia essas matérias: http://blogemformacao.blogspot.com/2007/06/especial-ricardo-guilherme-e-o-teatro.html
http://blogemformacao.blogspot.com/2007/06/especial-ricardo-gulherme-e-o-teatro.html

Foi uma entrevista que eu fiz com ele para o Blog ano passado.
Beijo, menina! ;*