sábado, 21 de junho de 2008

As bondosas: um exagero tão bom de se rever...o local que eu estava limitava muito de ver as expressões dos atores, mais do que já tinha visto e pelas também construções claras e diferenciadas das personagens fica muito marcante. Aquele triozinho de rezadeiras parecia a reunião das frustradas rs...cada uma com mais neura que a outra e uma vontade de libertação tão grande, de sair daquela repressão horrenda...um amigo comentou: até que ponto a cultura nos faz mal? Sim, porque toda aquela cultura revista nas tradições religiosas interioranas provavelmente podava-as ao extremo. Eu adoro a personagem que é mais revoltada, a que fala da mulher de vermelho e têm desejos por ela...é que é tão viva, tão esfusiante, chega até a ser revolucionária...aquela risada...e as outras têm uma graduação variável de exposição que desperta uma curiosidade e surpreende. Essa coisa do desejo reprimido trabalhado para uma comicidade é bem interessante porque de certa forma chega de uma forma mais leve, mas não menos suscinta a reflexões. Quantas daquelas mulheres existem na vida real? E não só as com cultura e tradição religiosas mais marcantes. Adorei a parte do orgasmo e a perninha dela levantada e aberta rs, só que em alguns momentos não conseguia entender algumas das coisas que eram faladas e não lembro se especificamente de um ator, mas acho que o que tinha a voz menos ''escutada'' era o que estava com a roupa sex por baixo, mas que também variava na forma de falar de um jeito bem trabalhado e interessante. Para mim a mulher que entra com os copinhos é dispensável, pois a reza ''disfarçada'' e depois os cochichos poderiam ser passados acredito, apenas com aquele jogo das 3 personagens. Outra coisa bastante interessante foi a ligação forte que houve com o público: risadas, comentários e palmas expontâneas durante todo o espetáculo...o envolvimento latente de personagem e platéia. Vou rever novamente!

Um comentário:

Péricles Davy disse...
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